terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Para já os prazos, depois o que será?

O desespero dos comerciantes das Caldas da Rainha não podia ser maior. Por cima da quebra de vendas devida à diminuição do consumo interno, caiu-lhes o caos das obras de "regeneração urbana", as quais transformaram a cidade num enorme estaleiro. As críticas são consensuais e contundentes, incidindo sobre  os cortes na circulação do trânsito, na falta de sinalização e sinalética, na falta de estacionamentos alternativos, na falta de planeamento e faseamento das obras (em que tudo foi feito ao contrário), na dúvida de que os prazos sejam cumpridas, na desertificação humana das zonas mais nobres da cidade (mal iluminada e suja), enfim, uma cidade fantasma, mal frequentada e onde as pessoas têm medo de passear.


Perante este mal-estar, o que diz o Presidente da Câmara? Que "está disponível para tentar resolver estas questões", que a culpa é dos "rigores do inverno" e que "espera que seja possível executar as obras dentro dos prazos", terminando com a maravilhosa pérola "de modo a termos um bom Verão, com cafés, com esplanadas e muitas lojas abertas". E o Presidente da ACCCRO, que solidariedade mostra com os seus colegas, face a toda esta cantilena e não-comprometimento do edil caldense? Diz Paulo Agostinho, que se entretém a pensar num "Museu do Comércio", mas que nem consegue há seis meses pôr o portal da ACCCRO online,  que "foi uma boa reunião de trabalho" e que "a tentativa de sensibilizar a Câmara para minimizar as consequências das obras, foi bem sucedida". Como os seus colegas também gostariam de ter tanta certeza!

Em finais de Janeiro p.p., o MVC - VIVER O CONCELHO, Movimento Independente, emitiu um comunicado sobre as obras de "regeneração urbana" da cidade das Caldas da Rainha, onde chamava a atenção para os graves problemas enfrentados pelos cidadãos e empresas caldenses.


Para já, os comerciantes das Caldas da Rainha pedem à autarquia o cumprimento dos prazos das obras, mas, tendo conhecido o sucesso dos seus colegas da Baixa do Porto, na acção que intentaram contra o Estado, devido à obras da "Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura", o que pedirão a seguir? 

Estado condenado a indemnizar comerciantes da Baixa do Porto

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=585792991495167&set=a.465522833522184.1073741829.464452366962564&type=1&theater


Sem comentários:

Enviar um comentário