terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Dores do parto: Uma nova cidadania que nasce

Na União das Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, as Assembleias de Freguesia estão assim, turbulentas, pelo facto de o poder cristalizado estar, finalmente, a ser posto em causa. É bom sinal, nenhum parto se faz sem dor.


Parabéns ao Miguel Miguel, pelo excelente trabalho de reportagem e análise.



segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Jantarada de uma autarquia hipócrita

Que sentido faz este jantar, quando todas as noites dezenas de cidadãos carenciados recebem alimentos em plena rua (Av. 1º de Maio), em condições infra-humanas e indignas, recolhidos por um cidadão simples e só (Joaquim Sá), sem que a Câmara dê algum sinal de se preocupar alguma coisa com isso?
E ainda se orgulham de este jantar ser "caso único no país"?! Se calhar é, mas pela falta de vergonha...




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Os boys pelos nomes

Paulo Morais chama "os boys pelos nomes", dentro do seu próprio reduto. A escutar com atenção, do princípio até ao fim, e que não se caia no erro de pensar que isto só acontece "lá", "aos outros"...




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Elogio a um jeitinho meritório

É positivo valorizar o bordado artesanal das Caldas da Rainha. É positivo valorizar as bordadeiras e apoiar o seu associativismo. É positivo ajudá-las a decorar com gosto a sua sala de exposição.
O que não é positivo, é proporcionar-lhes um espaço (na Expoeste) desadequado e inapropriado, com pouca dignidade e prestígio envolvente, e completamente desfasado do circuito e fluxo turísticos, diário e semanal, da cidade.
Não está em causa o esforço e a dedicação de quem se empenhou nesta iniciativa, o que só merece ser reconhecido e elogiado. Estão todos de parabéns pela iniciativa, se querem que eu seja ainda mais claro.
O que está em causa é, como já aqui comentei (http://detantoestarem.blogspot.pt/2013/10/caldas-da-rainha-novelha-dinamica-desta.html), "a fraca qualidade, o fraco gosto, a fraca adequação e a fraca pontualidade de quase tudo o que [esta Câmara] faz (quando faz)", sem políticas, sem estratégias, sem capacidade organizativa e concretizadora, à altura dos desafios do nosso Concelho. Não é defeito, é feitio, "dá-se um jeitinho e já está"...



sábado, 14 de dezembro de 2013

"Depois de mim virá..."

Esta é a página inicial do site da ACCCRO, três meses depois da nova Direcção ter tomado posse.
Sabendo-se do tradicional interesse deste executivo camarário, há 28 anos no poder, por tudo o que é colectividade e associação, incluindo a dos comerciantes, fica-se com a sensação de que a "Nova Dinâmica" de Tinta Ferreira também já chegou à ACCCRO...
Como "depois de mim virá quem de mim bom fará", alguns comerciantes caldenses já manifestam saudades de João Frade, o anterior Presidente.




ACTUALIZAÇÃO EM 05.01.2014
E o site continua na mesma, no período mais crítico de vendas do comércio tradicional. Inacreditável!



ACTUALIZAÇÃO EM 23.01.2014
Assim continua o site da ACCCRO... Uma imobilidade jamais vista, a penalizar os comerciantes caldenses. Se há um motivo de força maior, porque é que não é divulgado?!



ACTUALIZAÇÃO EM 20.02.2014
Temos progresso significativo...!





ACTUALIZAÇÃO EM MARÇO DE 2014
Levou tempo, mas lá apareceu, renovado e actualizado. Oxalá assim se mantenha, não apenas na forma, mas também no conteúdo das estratégias e iniciativas da ACCCRO. Os comerciantes caldenses bem merecem.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Do organograma às "grandes opções" do plano e do orçamento

Realiza-se esta noite mais uma sessão da Assembleia Municipal, na qual os cidadãos caldenses podem (e devem) estar presentes, para assistir ao trabalho dos deputados e, se for permitido, intervir no período inicial destinado ao público.
Depois do que se passou no recente debate do "novelho" organograma camarário que qualquer professor de gestão chumbaria liminarmente (ver notícia abaixo da Gazeta das Caldas), confirmando a expectável "novelha dinâmica" ensimesmada de Tinta Ferreira, o que se pode esperar esta noite do debate das GOP - Grandes Opções do Plano e do Orçamento Municipal para 2014? Será mais um "copy-paste" da mediocridade  dos anos anteriores (ver http://detantoestarem.blogspot.pt/2013/11/grandes-opcoes-do-plano.html)? Será mais um bocejo dos partidos da velha oposição? Será mais uma tentativa de condicionamento e interferência de Tinta Ferreira/PSD na nova oposição representada pelo movimento independente MVC - VIVER O CONCELHO? Vamos estar atentos...

NOTICIA DA GAZETA DAS CALDAS (06.12.2013)
"O presidente da Câmara apresentou uma proposta de reformulação de toda a estrutura orgânica dos serviços camarários que, talvez devido à sua complexidade, não motivou o interesse dos partidos.
A excepção foi o MVC que terá sido o único a ter feito o trabalho de casa*, com Emanuel Pontes a fazer uma longa intervenção na qual teceu duras criticas ao novo organograma da Câmara, fundamentando-as devidamente. De seguida, o MVC distribuiu à assembleia uma proposta alternativa à do executivo (que contudo não foi votada por impossibilidade legal).
Tinta Ferreira interveio para dizer que não deveria ter sido Emanuel Pontes a fazer aquela proposta, mas sim o seu colega de bancada pois, enquanto funcionário camarário, este estaria a advogar em causa própria. Aquele deputado é o responsável pela Informática da Câmara e dos Serviços Municipais. [o que não corresponde à verdade]
Emanuel Pontes pediu para intervir em defesa da honra e, visivelmente enervado, dirigiu-se a Tinta Ferreira dizendo que a proposta do MVC era legítima e referente à Câmara e que não tinha trazido nenhum assunto pessoal para a Assembleia. Luís Ribeiro tomou o partido do presidente da Câmara dizendo ao independente que "acho que ninguém o desconsiderou", dando o assunto por sanado."

Como se sabe, a Gazeta das Caldas não morre de amores pelo MVC, no entanto soube reconhecer a evidência, o que só lhe fica bem.





ACTUALIZAÇÃO EM 11.12.2013
A sessão de ontem da Assembleia Municipal não desiludiu, pois já poucos compram a ilusão da "Nova Dinâmica" prometida por Tinta Ferreira. Até o próprio já goza com a expressão, não levando muito a sério a sua principal bandeira eleitoral.
Foi, de facto, mais do mesmo que se conhece há um ror de anos, com excepção da qualidade das intervenções de grande parte da oposição, nas quais ficou bem demonstrada a mediocridade do orçamento e das grande opções do plano para 2014, aprovadas apenas  com os votos da isolada e solitária maioria.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Aterosclerose democrática

Pela segunda vez, em poucas semanas, o representante do PSD no programa "Pontos de Vista" da Mais Oeste Rádio, vereador Reis Pereira, aparenta possuir uma esclerosada veia democrática. Depois de, há três emissões atrás, ter desvalorizado a cidadania participativa, defendendo que uma maioria absoluta tem legitimidade para fazer o que quIser (referindo-se à regeneração urbana), sem ter de debater previamente com os munícipes as suas decisões, designadamente aquelas que não foram especificamente sufragadas pelo voto, veio ontem desvalorizar o resultado eleitoral do movimento independente MVC - VIVER O CONCELHO, fazendo-o da forma que os enjeitados políticos deste corrompido sistema melhor sabem fazer: largar graçolas e piadolas, infantis e de mau gosto.

Evidentemente que se compreende o incómodo e a frustração de quem vê o poder fugir-lhe e, habituados que estão aos submissos boys partidários, não sabem como lidar com os cidadãos independentes (que chatice, não é?), os quais trazem para a política uma nova ética, uma nova competência e uma nova convicção, ganhando a crescente confiança dos eleitores. O MVC - VIVER O CONCELHO conseguiu, em quatro meses de existência, tornar-se a 3ª força política na Assembleia Municipal e ganhar a emblemática Junta de Freguesia da Foz do Arelho, tendo ainda eleito representantes para as duas maiores Assembleias de Freguesia do concelho. Será isto um resultado "fraquinho"? Ao contrário, o PSD perdeu um número significativo de votos, em termos absolutos e relativos, apesar do tradicional caciquismo e descarado abuso do poder. Quem pode sentir-se orgulhoso de não possuir a confiança da esmagadora maioria do povo português, como acontece hoje com os actuais partidos políticos?

Qual deveria ser, então, a postura de quem lidera politicamente um município e gere as preocupações e aspirações das suas gentes? Desde logo, de maturidade e sentido de responsabilidade, elevando o nível do debate, comunicando com clareza e objectividade, e respeitando todas as sensibilidades políticas e cidadãs. Depois, dispondo-se a escutar e acolher todas as ideias e sugestões que objectivamente contribuam para o aprofundamento da democracia e o desenvolvimento da comunidade, ao invés de procurar desvalorizar, ridicularizar e ostracisar quem se entrega generosamente à causa pública, em representação de milhares de cidadãos que merecem todo o respeito e consideração, mesmo não tendo votado nos que exercem temporariamente o poder.

Recomenda-se, por isso, uma outra regeneração urbana, a democrática e cidadã, a quem não a tenha suficientemente saudável e apresentável, recordando-se que o poder é efémero e existe simplesmente para servir (e não para se servir), com total humildade, responsabilidade e sentido de inclusão. Esse é o exemplo que deve deve ser dado, na rádio ou noutro lugar qualquer.


Bate fraco o coração desta democracia esclerosada


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Para memória futura

Para quem tivesse dúvidas (eu não as tinha, mas entendi dar o benefício...), esta noite ficou claro que o Dr. Tinta Ferreira é o responsável máximo pela falhada regeneração urbana das Caldas da Rainha, com todas as suas opções erradas (com destaque para as intervenções nas Praças da Fruta e 25 de Abril), carência de fundamentação (onde estão as análises de custo-benefício?), falhas de execução (boa parte do que se fez já precisa de reparação ou substituição) e total ausência de efectiva comunicação e transparência (nem o site da Câmara se salva), já para não falar do resto do concelho que, para este executivo, não passa de longínqua paisagem.


O "novo" edil não acolheu nenhuma das sugestões e perspectivas que os presentes na sessão de esclarecimento sobre o programa "Caldas, Comércio e Cidade" generosamente e sem preconceitos ideológicos ou político-partidários apresentaram, confirmando de forma autocrática e ensimesmada todas as decisões dos anteriores executivos (aos quais pertenceu, aliás). Nem o estilo "des-impedido", nem a falaciosa "nova dinâmica", nem as bicadas indirectas deixadas às intervenções "ego-urbanísticas" do seu antecessor, foram suficientes para esconder o verdadeiro carácter político do sucessor imposto por Fernando Costa. Nas Caldas da Rainha, é patente que nem as moscas mudaram...

Mantiveram-se, assim, todas as dúvidas e perplexidades aqui anteriormente expressas (ver http://detantoestarem.blogspot.pt/2013/11/como-decorre-regeneracao-urbana.html e http://detantoestarem.blogspot.pt/2013/11/como-e-gasto-o-dinheiro-dos-caldenses.html), constituindo a sessão de hoje, pela forma como foi conduzida e pela nulidade de resultados produzidos, um insulto à inteligência, à boa-vontade e aos direitos de cidadania dos caldenses. Não houve uma palavra de apoio, não houve uma manifestação de entusiasmo, esta sessão mais pareceu um velório antecipado de um poder autárquico gasto, auto-demitido e com morte anunciada. Sem alma e sem paz.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Assembleia Municipal: A casa da democracia local

Realizou-se ontem, dia 26 de Novembro de 2013, mais uma sessão da Assembleia Municipal, aberta aos cidadãos interessados em assistir aos trabalhos dos deputados municipais. Mais uma vez, o público pôde avaliar a qualidade das intervenções, a atitude das várias forças políticas e a forma como os membros deste eminente órgão autárquico, incluindo o presidente da câmara municipal e os presidentes das juntas de freguesia, se comportam do ponto de vista ético e emocional e se mostram competentes na abordagem das matérias em discussão e decisão.

É obrigatório que cada cidadão assista, pelo menos por uma vez, a uma sessão da Assembleia Municipal, para que veja e ouça, com os seus próprios olhos e ouvidos, o que lá se passa e como se passa. Deve-se alertar, contudo, os mais sensíveis, para que estejam preparados para todas as percepções, incluindo as que não lhes passam pela cabeça, sob pena de radicalizarem dramaticamente a opinião que já têm sobre a política, os partidos e os políticos. É que anos e anos de poder absoluto mono-partidário produz efeitos que tendem a cristalizar-se e a resistir obstinadamente a uma imperiosa regeneração.

A sessão de ontem não foi excepção, diferenciando-se o exemplo de liberdade, democracia, competência e coragem, dos deputados independentes do MVC - VIVER O CONCELHO, os quais estão já a fazer História e a produzir influência junto dos seus pares. A qualidade dos debates aumentou claramente com as intervenções e posições assumidas pelos deputados do MVC, mostrando que é possível colocar os interesses das Caldas e dos Caldenses acima dos interesses de facção, com proficiência e honestidade intelectual. Apoiou-se o que era de apoiar, rejeitou-se o que era de rejeitar, e propuseram-se soluções alternativas, inovadoras e benéficas para o município.

Perante este facto deveras positivo e, para alguns, surpreendente, pouco apetece comentar as inenarráveis intervenções do "novo" edil caldense, mentor de uma falsa "dinâmica" que apenas serviu eleitoralmente para estimular os comensais do poder e iludir os incautos da política. Na verdade, os lamentáveis argumentos usados para defender a medíocre e ineficiente estrutura camarária, as esfarrapadas desculpas apresentadas para justificar o atraso na realização de obras há muito programadas, ou as considerações abusivas e desrespeitosas feitas a propósito da intervenção, legítima e competente, de um deputado independente do MVC (que, por acaso, é funcionário da autarquia), são exemplos paradigmáticos do que não devia acontecer na casa da democracia caldense e que merecia ser liminarmente rejeitado por todos os seus membros e guardiões.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Profissionalismo, Transparência e Rigor - quantificando, medindo e avaliando

Quantificar, medir, avaliar, esta é a exigência dos deputados municipais Edgar Ximenes e Emanuel Pontes, do movimento independente MVC - Viver o Concelho, talvez para surpresa da vereação e de alguns membros da Assembleia Municipal, pouco habituados ao rigor e à exigência na vida autárquica. Fazer contas e prestar contas, assim como planear devidamente os investimentos e iniciativas, não tem sido apanágio desta autarquia, abordando quase sempre os assuntos pela rama, de forma genérica, pouco fundamentada e evitando abordar aspectos essenciais.

Política e profissionalismo não são incompatíveis, antes pelo contrário. Política e transparência não são contraditórias, antes pelo contrario. Política e rigor não são parentes pobres, antes pelo contrário. A gestão autárquica deve elevar o seu patamar de exigência, evoluindo para maior profissionalismo, transparência e rigor. Para isso, torna-se imprescindível que todos interiorizem a necessidade de aumentar o nível de ética, o grau de competência e a força de vontade no exercício das funções para que foram democraticamente eleitos.

Edgar Ximenes, do movimento independente MVC - VIVER O CONCELHO


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Política faz de conta

Na política, como noutros domínios da vida em sociedade, há um género, um estilo, uma maneira de estar, que é muito comum: o fazer de conta. Raul Solnado, o saudoso comediante, glosou-o há uns anos, num popular programa de televisão. Consiste, este faz de conta, em fingir que se faz, que se aceita as ideias dos outros, que se tem uma qualquer dinâmica, mas, bem vistas as coisas... nada acontece, ou acontece de forma incipiente ou atabalhoada, não produzindo quaisquer resultados verdadeiramente úteis.

Uma manifestação particular deste faz de conta, é agendar um tema de especial importância para uma próxima reunião e distribuir os documentos de suporte, ou para decisão, à ultima hora, para se poder fingir que se quer analisar e discutir o assunto mas, na verdade, sem o permitir com a profundidade necessária. O caso piora quando também os destinatários ou receptores desses documentos estão mais interessados em fazer de conta (que os lêem e estudam) do que em se prepararem adequadamente para o debate e a decisão, aceitando ser coniventes com a aprovação de medidas erradas, ineficazes e prejudiciais.



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Perguntar incomoda, não ofende

Este blog, apesar de recente, já questionou muitas decisões e processos da responsabilidade do município, seja da sua Câmara, seja da sua Assembleia Municipal. Também o interesse e a participação dos munícipes têm sido questionados, pois uma governação autárquica forte depende de uma comunidade e de uma oposição igualmente fortes (o que não tem sido manifestamente o caso).

As perguntas feitas, muitas e relevantes, não têm tido resposta. Reconheçamos que também não se esperava que tivessem, embora se exigisse que tal acontecesse. Sabemos que este blog é monitorizado à lupa e ao minuto mas, aqueles que deviam prestar contas do seu desempenho (e não necessariamente aqui), preferem manter o silêncio e a falta de transparência, que um poder de 28 anos transformou em soberba e sentido de impunidade.

Perguntar incomoda, é certo, mas o poder, por definição, dever ser permanentemente incomodado, sob pena de perder a noção da realidade e se cristalizar, resvalando para o autoritarismo e o abuso de posição dominante. Melhor, o poder deve, ele próprio, incomodar-se, questionar-se permanentemente, ao invés de optar por um ridículo e inútil narcisismo. Perguntar incomoda porque tira da zona de conforto, mas jamais deve ser entendido como ofensa, nem fazendo interpretações abusivas das críticas, nem procurando erradamente valorizar-se mais a forma do que o conteúdo das questões.

De qualquer modo, mais do que ao poder, as perguntas que fazemos são sobretudo endereçadas e sugeridas aos cidadãos como nós, para que pensem com mais constância, com mais profundidade e com mais acutilância. Porque só pensando e perguntando se pode realmente ajudar a autarquia e o município a serem melhores, mais democráticos, mais desenvolvidos e mais felizes. E o poder, deixe de se mostrar ofendido e vitimizar-se, pois o mal desta terra tem sido exactamente não se querer ou não se saber perguntar.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Diz que é uma espécie de... Marca Caldas da Rainha



Esta matéria é muito importante para o desenvolvimento das Caldas da Rainha e interessa a todos os caldenses. Deve, por isso, ser amplamente divulgada e acompanhada a par e passo.

Questões que importa esclarecer:
- Em que consiste exactamente este projecto e quais as suas especificações?
- Qual o prazo previsto para a conclusão do mesmo?
- O que já foi feito e o que falta fazer?
- Tem sido garantido o envolvimento e participação de todos os interessados?
- Quanto custa este projecto e qual o retorno previsto?
- Porque não foi feito o pré-lançamento nas Caldas da Rainha?
- Porque não houve qualquer divulgação deste pré-lançamento?


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Política Autárquica para o Comércio

Prevêem as Grandes Opções do Plano de 2013 do município das Caldas da Rainha, para a área do Comércio, as seguintes acções:
- Regeneração do centro urbano da cidade;
- Desenvolvimento do Programa Rampa (acessibilidade);
- Aquisição de novos abrigos do TOMA.

Não, não é engano, não são medidas autárquicas para o Urbanismo e os Transportes, são mesmo medidas para o Comércio. Se o Comércio beneficia com as medidas para o Urbanismo e os Transportes? Claro que sim, mas há um conjunto de medidas que a autarquia pode e deve implementar e que são específicas para este sector, visando requalificá-lo e revitalizá-lo.
Em 2008, estudei esta matéria e propus à Câmara um conjunto de 15 medidas (reproduzidas em baixo), a par de outras tantas da responsabilidade dos próprios comerciantes e da sua associação (ACCCRO). Eram sugestões em bruto, ambiciosas mas realizáveis, para serem discutidas e melhoradas (nunca o foram). O que se concretizou desde então?

Medidas de Revitalização do Comércio Tradicional das Caldas da Rainha, da Responsabilidade da Autarquia:

1- Melhorar a comunicação e o diálogo com os comerciantes, auscultando-os e envolvendo-os mais nas tomadas de decisão;
2- Recuperação de infraestruturas urbanas degradadas: arranjo e limpeza de ruas, passeios, passadeiras, edifícios, quiosques, palcos, jardins, árvores, paragens, bancos, postes, floreiras, papeleiras, sinalética e outros equipamentos;
3- Para a melhor concretização do ponto anterior, criar uma estrutura camarária mais operacional e eficiente, a qual garanta uma intervenção mais rápida e conclusiva nas situações anómalas identificadas;
4- Reforço da oferta de estacionamentos e transportes públicos, incentivo ao uso da bicicleta, etc;
5- Investimento em novas infraestruturas de Glamour (a listar), com ambição e bom-gosto
           - Painéis informativos (proibir afixação anárquica de publicidade),
           - Parques de exposições (proibir exposição ilegal de viaturas usadas),
           - Quiosques informativos aos turistas e consumidores,
           - Floreiras com plantas bonitas, etc;
      6- Adaptação das infraestruturas urbanas às capacidades das pessoas com invalidez, assim como à utilização de bicicletas e à posse de animais de estimação;
   7- Negociação, com as grandes superfícies, de vantagens para o comércio tradicional, como descontos em cinemas e estacionamentos, iniciativas conjuntas, parcerias (cross-marketing), etc;
    8- Promoção do comércio tradicional na comunicação social, nacional e regional, bem como nas diversas iniciativas públicas e meios de comunicação da Câmara;
      9- Patrocínio de eventos e iniciativas de animação de rua, bem como de marketing directo – brindes, folhetos, brochuras, etc. – junto dos consumidores
-        - Organização de 3 eventos anuais de grande envergadura, dedicados ao “Falo das Caldas”, “Zé Povinho” e “Saúde Termal”, mas numa óptica de Glamour,
         - Adjudicação da organização destes e doutros eventos a entidades especializadas, profissionais e competentes, mediante consulta pública com caderno de encargos;
    10- Organização de excursões subsidiadas às Caldas da Rainha, com incentivo ao consumo no comércio tradicional
          - Prioridade aos mercados de Lisboa-Cascais e de Óbidos (turistas estrangeiros),
          Criação de roteiros gastronómicos e culturais,
          - Oferta de vales de compras no comércio tradicional da cidade;
       11- Convite a grandes marcas para realizarem os seus eventos nas Caldas da Rainha, em parceria com o comércio tradicional;
    12- Discriminação positiva do comércio tradicional aquando do envolvimento do comércio nas iniciativas da cidade, bem como nas aquisições municipais de bens e serviços, e na cobrança de taxas, tarifas e licenças ao comércio;
    13- Mobilização de meios financeiros (e outros) para apoio ao comércio tradicional da cidade, incluindo fundos europeus e um fundo especial financiado com receitas provenientes das grandes superfícies
      - Oferta de vales de compras e cheques-brinde aos cidadãos, para consumo no comércio tradicional;
     14- Facilidade de acesso e contacto, assim como simplificação, racionalização e celeridade no despacho dos requerimentos dos comerciantes;
        15- Melhor coordenação com a ACCCRO e os núcleos de zona comercial (a criar).

Onde estão os grandes eventos, à semelhança do que faz Óbidos (Chocolate, Medieval e Vila Natal), para atrair consumidores? Onde está a animação de rua? Onde está a criação de zonas comerciais na cidade? Onde está a divulgação e promoção externa do Comércio das Caldas da Rainha? E, já agora, onde estão os Censos Comerciais financiados pela autarquia e supostamente realizados pela ACCCRO?



Caldas by night

A noite das Caldas da Rainha morreu, há cerca de uma década, porque a autarquia caldense não soube, ou não quis, responder adequadamente às transformações que se operaram no país e na região, seja a nível de infraestruturas e meios, seja a nível de comportamentos e atitudes.
A noite das Caldas morreu, com honrosas excepções pontuais e selectivas (caso dos eventos Caldas Late Night ou Bazar à Noite), mas é possível ressuscitá-la, como demonstra esta notícia sobre a cidade do Porto.
Sim, é possível incentivar as pessoas a saírem à noite e passearem pelas ruas da cidade. Nada está perdido nas Caldas, é preciso é que haja boa liderança, gente com visão e capacidade de mobilização e inspiração, que defina boas políticas, crie boas estruturas e escolha bons protagonistas.

"A boémia que despertou a baixa do Porto
O centro do Porto era um deserto durante a noite, mas, de há oito anos para cá, a movida instalou-se de armas e bagagens. O número de bares multiplicou-se e agora confluem aqui todas as tribos, se bem que o rock seja a banda sonora deste ‘filme’. Do pré-histórico Pipa Velha ao jovem We Love Porto, passando pelo pioneiro Café Lusitano, fazemos o roteiro da Invicta em modo nocturno. […]"




domingo, 17 de novembro de 2013

Porque tem tudo a ver com este blog...




Profissão "Jagunço Digital"

A propósito desta crónica de Vasco Pulido Valente, no "Público" de hoje...

"Nunca gostei do mundo da blogosfera e das “redes sociais”, que é um repositório de iliteracia e de irresponsabilidade, sem direcção e sem lei.
Mas não imaginava que politicamente as coisas se pudessem passar como as conta um cavalheiro que a revista Visão entrevistou esta semana. Esse cavalheiro, que se descreve a si próprio como “consultor de comunicação”, gaba com enorme orgulho as patifarias que por aí se fazem para distorcer os resultados de várias espécies de eleições (por exemplo, as que Passos Coelho ganhou no PSD) e para “derreter” a imagem pública de pessoas que um pequeno grupo de facciosos considera inconvenientes (por exemplo, Paulo Rangel e Manuela Ferreira Leite). Estas “campanhas negras”, como são conhecidas, gozam segundo ele diz do apreço e da ajuda de algumas “notabilidades” públicas.
Verdade que certos governos meteram a colher na sopa, definindo as “linhas gerais” da sua propaganda e fornecendo informações secretas por “e-mailfechado” (um requinte que francamente não consigo perceber). Isto, a ser verdade, já é de si gravíssimo. Mas, sobre isto, os “consultores de comunicação” inventam “perfis falsos” (por outras palavras, personagens imaginárias) para o facebook, a que dão uma “vida” (“fotografias de família”, preferências particulares, clube de futebol e por aí fora) e que depois põem a espalhar calúnias sobre o indivíduo ou o partido que pretendem abater. Durante a campanha de Passos no PSD, o “consultor de comunicação” que os jornalistas da Visão confessaram, aliás sem grande dificuldade, passou uma noite a trabalhar em três computadores (fora o telemóvel) para virar a audiência contra Rangel e a favor de S. Exa. o actual primeiro-ministro.
Pior ainda: estes extraordinários peritos em “novas profissões” intervêm, sob nomes fictícios, nos chamados “fóruns” de opinião da TSF e da SIC. Ou para vexar um político particular (no caso, parece que Sócrates) ou para “defender” a gente para quem trabalham. Ao que alega o “consultor” da Visão as “Juventudes” fornecem muitos “voluntários” para esta meritória obra. E, mais tarde, acabam por receber a sua recompensa. Lugares no Estado, evidentemente, lugares nos gabinetes dos ministros, até contratos de um teor obscuro. Mesmo que o benfeitor que a Visão desencantou exagere a sua importância e as suas proezas, não fica a menor dúvida que existe um bas-fonds na “net”, a pedir uma boa limpeza. É para isso que existe a polícia e a Procuradoria-Geral da República. Ou não é?"


Nem sempre é necessário contratar estes "especialistas", há por aí muito jagunço, lambe-botas, serviçal, caceteiro e badalhoco que, mesmo não sendo "especialistas", se oferecem voluntariamente para fazerem o "servicinho sujo", como podem e lhes mandam, na expectativa de que os seus amos os recompensem com umas migalhitas de poder e dinheiro.
Aqui pelas Caldas, eles são os JMC, os RL, os RC e outros tantos que, com maior ou menor visibilidade, se dedicaram ao insulto e à ofensa pessoal durante a campanha para as eleições Autárquicas 2013, com o intuito de pôr em causa o bom nome e a honradez de quem defende a democracia local e luta pelo desenvolvimento desta terra.
A eles e aos seus mandantes ou beneficiários dedico esta prosa de VPV, com a encomenda de que vão para o regaço vicioso das suas progenitoras.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Política Autárquica de Saúde

Transcrição integral das Grandes Opções do Plano de 2013, para a área da Saúde:

"A Recolha de animais vadios/errantes/abandonados constitui uma forte área de intervenção dos Serviços Veterinários do Município das Caldas da Rainha.
Tendo em conta o elevado número de animais que anualmente são recolhidos e alojados no alojamento de que atualmente dispomos (86 no ano de 2011), o Município pretende a construção de um centro de recolha oficial que permita aumentar este número dando resposta mais célere às reclamações/participações dos munícipes, satisfazendo de igual modo todos os requisitos da Direção Geral de Veterinária.
É nosso objetivo, com essa construção, aumentar a taxa de adoção e diminuir o número de animais alojados em FAT (famílias de acolhimento temporário) e eutanaziados."

Não, não é anedota, são 28 anos de um poder cansado e auto-demitido. Até parece que se vive num concelho asséptico, onde a saúde é eterna e perfeita. Ou entender-se-á que a intervenção comunitária em Saúde é responsabilidade exclusiva do Estado Central?

Em termos comparativos, veja-se o que propõe o movimento autárquico independente MVC - VIVER O CONCELHO no âmbito das Políticas do Cuidar: http://viveroconcelho.pt/programa-eleitoral-2/politicas-do-cuidar/

Aguardemos pela "nova dinâmica" prometida pela "novelha mainoria"...



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Grandes Opções do Plano

A elaboração das Grandes Opções do Plano da autarquia caldense, parece ter-se reduzido a uma exercício rotineiro de "copy-paste", revelando pouca ambição, pouco cuidado e pouco profissionalismo. O documento relativo a 2013, onde sobressaem generalidades, redundâncias e erros diversos, é um triste exemplo desta realidade, restando fraca expectativa de que para 2014 seja feito melhor pelos mesmos protagonistas.
De qualquer modo, é interessante identificar os 50 compromissos que nele se estabelecem, uma vez que nos aproximamos do final do ano e é tempo de prestar contas do que se fez. Tratando-se de um ano em que ocorreram eleições autárquicas, é de supor que a maioria das acções previstas tenha sido concretizada com uma dinâmica extraordinária...


Principais Medidas Previstas nas Grandes Opções do Plano de 2013
01- Início do alargamento do museu da cerâmica;
02- Início da manutenção do Parque e da Mata;
03- Início da recuperação dos Pavilhões do Parque;
04- Requalificação da escola do 1º ciclo do Bairro dos Arneiros;
05- Colocação e gestão de recursos humanos adequados no ensino pré-escolar;
06- Desenvolvimento da componente de apoio à família (prolongamento de horário e refeições);
07- Aumento da oferta de rede na actividade lectiva com mais uma sala do pré-escolar no Centro Escolar de Nossa Senhora do Pópulo;
08- Fornecimento de mais de 300.000 refeições por ano, no 1º ciclo;
09- Promoção das Actividades de Enriquecimento Curricular abrangendo mais de 95% dos alunos;
10- Oferta da Fruta Escolar;
11- Colaboração com projectos de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais;
12- Promoção de protocolos de parceria com estruturas federativas na área do Desporto Escolar em modalidades como o Badmington, Rugby, Patinagem, Voleibol e Basket;
13- Introdução da iniciação à Linguagem Gestual;
14- Promoção de um estudo de avaliação da obesidade infantil aos alunos do 1º ciclo;
15- Oferta de transporte escolar (com a colaboração das Juntas de Freguesia) às crianças do 1º. Ciclo e Pré-escolar;
16- Elaboração de projectos e candidatura a fundos comunitários para a construção de novos espaços educativos e requalificação de outros;
17- Continuação da iniciativa “Festa da Cerâmica”;
18- Implementação de um parque de escultura e lazer;
19- Realização da carta cultural do concelho e aquisição de novas obras de arte;
20- Realização de um vasto programa de exposições, oficinas de artes plásticas, jogos educativos e visitas orientadas;
21- Criação da Casa-Museu Leopoldo de Almeida;
22- Beneficiação do Pavilhão da Mata e requalificação da Pista de Atletismo;
23- Atribuição de Bolsas de Estudo anuais aos estudantes carenciados que frequentam estabelecimentos de ensino superior fora do concelho;
24- Consolidação do Clube Sénior e pagamento de 50% do valor da factura da água, no âmbito do Cartão Municipal do Idoso;
25- Reforço do Fundo de Emergência Social;
26- Contribuição para a construção do Centro de Dia/Lar do Landal e da construção da Creche e SAD em S.Gegório;
27- Recolha de animais vadios/errantes/abandonados e construção de um centro de recolha oficial que permita aumentar este número;
28- Aumento da taxa de adopção e diminuição do número de animais alojados em FAT (famílias de acolhimento temporário) e eutanaziados;
29- Fixação de jovens nas freguesias rurais do Concelho, no âmbito do programa de habitação jovem;
30- Elaboração do PDM tendo em vista um território organizado, uma sociedade coesa, um sistema urbano moderno e um meio ambiente como factor de bem-estar e oportunidade;
31- Regeneração do centro urbano da cidade com o Programa de Acção "Caldas, Comércio & Cidade", incluindo a Praça 25 de Abril e o Parque de Estacionamento subterrâneo;
32- Desenvolvimento do Programa Local de Promoção de Acessibilidade (Rampa);
33- Aquisição de novos abrigos do TOMA, a instalar nos locais cujas condições físicas o permitam;
34- Aquisição de mais 60 contentores de recolha de RSU’s (num total de 2.665);
35- Colocação de novas papeleiras em todas as zonas regeneradas e readaptação e substituição das existentes, nas não intervencionadas;
36- Reforço do parque de oleões por todo o concelho, colocando-se nesta 1º fase um oleão por cada dois ecopontos;
37- Promoção de algumas beneficiações nos cemitérios da cidade;
38- Construção de um Complexo Funerário que se pretende que inclua Capelas Mortuárias, Crematórios (sendo um deles para animais de estimação) e outros serviços;
39- Colaboração com as Freguesias na ampliação e beneficiação dos seus cemitérios, nomeadamente na ampliação do cemitério de Vidais;
40- Aumento do parque de viaturas dos serviços de limpeza da C.M. que passará a contar com mais uma viatura lava-contentores e outra de recolha de RSU’s;
41- Requalificação das arribas da Foz do Arelho, com minimização de riscos;
42- Recuperação de um edifício para Espaço Turismo no topo da Praça da República;
43- Elaboração do projecto de Parque de Feiras e Mercados que proporcionará, com outras  condições, a deslocalização do Mercado Abastecedor, Mercado Semanal e Feira do 15 de Agosto para a Zona dos Texugos;
44- Remodelação da Praça da Fruta;
45- Aquisição da Expoeste por parte da Câmara;
46- Criação do Cento de Inovação "Caldas Competitiva";
47- Investimento e reabilitação de infraestruturas viárias;
48- Defesa ambiental da Mata Rainha D. Leonor e Parque D. Carlos I;
49- Modernização dos serviços da administração municipal, para um melhor atendimento ao munícipe;
50- Implementação do orçamento participativo, designadamente nos projectos de hortas urbanas, oficinas sociais, acções de cidadania, marca praça da fruta, acções de sensibilização ambiental e fixação de capital intelectual criativo.

Aguardemos, então, pela prestação de contas do que se fez em 2013, bem como pela proposta de Grandes Opções do Plano de 2014. Quem sabe se não seremos surpreendidos por uma "nova dinâmica"...


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Expoeste/CEO: O que se passa realmente?

A CRONOLOGIA DE UM "NOVELHO" FOLHETIM...

Acta nº 53/2011 de 26.12.2011 da Câmara Municipal das Caldas da Rainha:
"1839 - (...)  Referiu ainda [o Presidente da Câmara] a necessidade de concretizar a compra das instalações da ADIO (Expoeste) por forma a liquidar o seu passivo, cerca de 200 mil euros) e a criar um fundo que permita a sua sobrevivência. Sobre o passivo da ADIO, aproximadamente 200 mil euros, reconhece que tendo em conta o seu funcionamento, cerca de 18 anos não é excessivamente alto, tendo em conta outros centros de exposições que têm muitos milhares de défice. É sabido que nos últimos anos devido à crise económica todos os Centros de Exposições tiveram prejuízo devido à falta de receita o que também está a acontecer na ADIO (Expoeste).

Acta nº 40/2013 de 09.09.2013 da Câmara Municipal das Caldas da Rainha:
"1696 - PROPOSTA DE ALIENAÇÃO DA ESTRUTURA DO CENTRO DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES DO OESTE, PROPRIEDADE DA ADIO.
Presente carta da ADIO – Associação para o Desenvolvimento Industrial do Oeste registada sob n.º 5115 de 12 de Julho de 2013 contendo proposta de alienação das instalações do Centro de Feiras e Exposições do Oeste (Expoeste) pelo valor de € 340.000,00.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou ao abrigo da alínea f), do nº 1, do artº 64º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro com a redacção dada pela Lei nº 5 – A/2002 de 11 de Janeiro, adquirir as instalações do Centro de Feiras e Exposições do Oeste (Expoeste), pelo valor de € 340.000,00, à ADIO - Associação para o Desenvolvimento Industrial do Oeste.
Mais deliberou a Câmara remeter à Assembleia Municipal a presente decisão, para efeitos de ratificação.

Comunicado da Direcção da AIRO de 30.10.2013:
"(...) nada foi ainda deliberado em sede própria: a Direcção da ADIO."
"Nos anos mais recentes, com a conjuntura actual e dificuldades de gestão e resultados que não cabem neste esclarecimento (...)"
"No 1º semestre de 2011 houve abordagens informais da anterior vereação da CMCR à Direcção da AIRO no sentido da possível venda das instalações do CEO (...)"

Programa "Pontos de Vista" da MAIS OESTE RÁDIO/JORNAL DAS CALDAS em 06.11.2013
Alberto Pereira, [Vereador] do PSD: "A Câmara decidiu comprar a Expoeste mas ainda não fez proposta à ADIO"
Emanuel Pontes, do MVC [Movimento Independente]: "Temos aqui um novo folhetim. O caso do gasóleo, comparado com isto, não é nada."
José Carlos Abegão, do PS: "Uma trapalhada. (...) É uma coisa sem pés nem cabeça. Tem de haver uma jogada qualquer por detrás disto (...)."
Alexandre Cunha, do BE: "Dizem que a Câmara nunca tem dívidas (...) mas afinal o Centro da Juventude, a ADIO e outras (...) têm dívidas."
Vítor Fernandes, da CDU: "É tudo muito esquisito."

Questões que se colocam:
1- Qual a verdadeira história da Expoeste/CEO - ADIO e quem/quando será contada com todo o rigor e detalhe, designadamente aos membros da Assembleia Municipal e à opinião pública caldense?
2- Como é possível que a ADIO envie uma proposta de alienação patrimonial à Câmara, sem que a sua Direcção tenha deliberado nesse sentido? O que têm a dizer os demais associados da ADIO, incluindo a ACCCRO?
3- A Câmara diz que "ainda não fez proposta à ADIO". Mas então, e afinal, não recebeu a Câmara uma proposta da ADIO e não é um vereador da Câmara que preside à ADIO?!
4- A que "dificuldades de gestão e resultados" se refere a Direcção da AIRO, quais as suas causas, quem é responsável por elas e o que foi feito para as superar?
5- Porque não foi este problema já resolvido, implicando a sua demora em muitos milhares de euros do erário público (leia-se dos caldenses contribuintes)?
6- Que evidência tem a Câmara de que o passivo da ADIO se deve à "crise económica" e que "todos" os Centros de Exposição do país "tiveram prejuízo nos últimos anos"?
7- Com que fundamentos decide a Câmara adquirir a Expoeste/CEO à ADIO e pelo valor de € 340.000,00?
8- Qual o "plano estratégico e de viabilidade" da ADIO para a Expoeste/CEO?
9- O que se passa com a Expoeste/CEO - ADIO também se estará a passar, com semelhantes ou diferentes contornos, noutras entidades tuteladas ou participadas pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha?
10- Qual a verdadeira situação financeira da autarquia caldense, a que tem sido apregoada como rigorosa e saudável, ou outra completamente diferente, camuflada e censurável?

Expoeste/CEO: Céu azul ou nuvens negras?