terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pilriteiro que dás pilritos...

Assisti ontem, pela primeira vez, a uma sessão pública do executivo camarário, as quais se realizam na última 2ª Feira de cada mês e em que qualquer pessoa pode participar. Esta é uma das poucas oportunidades que os caldenses têm para exercer uma verdadeira cidadania participativa e o escrutínio democrático do poder autárquico eleito. No entanto, só compareceram cidadãos ligados ao MVC - Movimento Viver o Concelho e um empresário da sucata que, ao ver os assistentes, se intimidou e desistiu de colocar a questão que trazia aos vereadores. Da comunicação social local, apenas um rádio-jornalista da Benedita (?!).

Sem surpresa, constatei que nada de realmente importante se analisou e decidiu (p.e. a situação do Hospital Termal ou da Lagoa de Óbidos), ficando a impressão de que se evita trazer temas "quentes" ou discutir abertamente as questões nestas sessões públicas (p.e. a deslocação que o edil caldense fará no dia 30 a Viseu, para se reunir com a Visabeira). Quanto aos assuntos correntes tratados, grande parte deles não mereceu o devido estudo e fundamentação, deliberando-se de forma subjectiva e superficial (p.e. as rendas dos quiosques da Foz do Arelho ou a cor da pintura de uma vivenda). Enfim, um bom exemplo do que não devem ser as reuniões de um executivo camarário.

Ainda assim, apresentou-se um cadastro dos terrenos e empresas da zona industrial, bem como imagens do estado de degradação em que se encontram os pavilhões do Parque, assuntos recorrentes que já deviam estar resolvidos há muitos anos. Decidir? Está quieto! As expressões mais escutadas, em três horas de reunião, foram "estamos preocupados", "temos de reflectir", "é preciso identificar", "vamos fazer uma proposta", "está a ser preparado", "vamos trabalhar", "estamos a pensar", "no futuro" e "não se consegue fazer de um dia para o outro". Lembrei-me da expressão "Pilriteiro que dás pilritos, porque não dás coisa boa?"



domingo, 26 de janeiro de 2014

Orçamento participativo, não manipulativo

O Orçamento Participativo (OP) é, sem dúvida alguma, um excelente instrumento de exercício do poder democrático, na sua vertente de cidadania activa e participante. Em boa hora foi dado este passo, mas o caminho para alcançar os seus objectivos e justificar a sua essência, ainda é longo e com importantes obstáculos a vencer, correndo-se o risco de, a não defendê-la, ver morrer uma boa ideia.

Não basta que uma ideia ou iniciativa seja boa, para que alcance bons resultados. Como diz o ditado, "de boas ideias está o inferno cheio" e, no caso dos OPs, o diabo do caciquismo, do favoritismo e do abuso do poder incumbente, tudo faz para corromper este instrumento e usá-lo como arma de manipulação da opinião pública, fazendo de conta que é democrata. 

A credibilidade e a efectividade dos OPs passam, necessariamente, pelo compromisso ético de implementá-los no respeito pelo espírito verdadeiramente democrático que presidiu à sua criação e na vontade genuína de empoderar os cidadãos, envolvendo-os efectivamente na gestão da coisa pública, designadamente daquela que é realmente importante e decisiva para a vida da comunidade.

Não se deve permitir, pois, que os OPs sejam desvirtuados, aprovando-se apenas acções acessórias, folclóricas ou que já deviam ter sido implementadas pelas autarquias, em que se vise sobretudo a apropriação ilegítima e a exploração política indevida de boas iniciativas pelo poder incumbente, em que se pretenda a descredibilização ou subjugação de adversários, ou em que os montantes envolvidos sejam irrisórios e simbólicos, pouco significando no bolo orçamental de que o poder não larga mão.


Sites relacionados:
- Site oficial do Orçamento Participativo Portugal: http://www.op-portugal.org/
- Página do Facebook do Orçamento Participativo Portugal: https://www.facebook.com/orcamentoparticipativo.portugal
- Wikipédia - Orçamento Participativo Portugal: http://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%A7amento_Participativo_em_Portugal (desactualizado)

sábado, 25 de janeiro de 2014

Reconhecimento do falhanço e da incapacidade

Li sem surpresa, mas com muito "axi", o manifesto do candidato único à liderança do PSD caldense. Confirma-se que, a Fernando Costa, está garantido que sucederá... "Fernando Costa", ou seja, um dos seus delfins, apenas se podendo esperar que, como diz o ditado, "a cópia será sempre pior do que o original". O manifesto divulgado não passa de um conjunto de vacuidades e impudências que, ao melhor, reconhece o falhanço de 28 anos de gestão autárquica e a total incapacidade para liderar um concelho com o gabarito e as responsabilidades históricas das Caldas da Rainha.

Ainda houve um tempo em que acreditei que as coisas podiam mudar efectivamente dentro do PSD caldense, mas os factos subsequentes provaram-me que essa mudança não será possível tão cedo. São disso exemplo as sucessivas cedências do actual candidato ao sistema instalado, a sua postura "mais Tintista que o Tinta" na autarquia, a boleia que aceitou do "Che Guevara das Caldas" para a distrital laranja, a falta de frontalidade no "caso do gasóleo camarário", os continuados erros e ineficiências revelados na gestão dos seus pelouros e a hostilidade sistemática à cidadania independente e livre, se necessário recorrendo a convenientes jagunços.

Quando se afirma cinicamente que "É tempo de construir, nas Caldas, um projecto que ajude a tirar a sociedade portuguesa do estado de adormecimento em que se encontra. Um projecto que não se conforme com esta fatalidade, do escasso crescimento e das desigualdades sociais. O PSD precisa agora mais do que nunca de todos e do melhor que o País tem. O que propomos é que o PSD lance uma dinâmica de abertura à sociedade caldense, e que lidere um movimento para a construção de uma Cidade mais participada por todos", sabendo-se bem o que este poder autárquico tem andado a fazer há 28 anos em matéria de transparência, democracia, justiça, equidade e competência, quem acredita nestas boas intenções, de que só o inferno pode esperar casa cheia? A demonstração de visão, arrojo e competência, bem como a rejeição do caciquismo, do favoritismo e do abuso do poder, não se fazem com manifestos, fazem-se com actos concretos e exemplares.



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cada cavadela, cada minhoca

Alguém sabe da existência de bicicletas para alugar nas 16 estações de levantamento indicadas no site da Câmara Municipal das Caldas da Rainha?
Vou dar uma volta pelas 16 estações da cidade e confirmar que não se trata de "publicidade enganosa"...

http://www.cm-caldas-rainha.pt/portal/page/portal/PORTAL_MCR/MUNICIPIO/TRANSPORTES_MOBILIDADE/RAINHAS_BIKE_SHARING


Eventos anuais

Informação sobre os "Eventos anuais" na página do Turismo do portal do município das Caldas da Rainha (http://www.cm-caldas-rainha.pt/portal/page/portal/PORTAL_MCR/VISITANTE/EVENTOS_ANUAIS). Há quanto tempo está esta página em actualização?



Chega de dizer mal...

Desta vez não vou dizer mal, vou apenas "observar" o Observatório Estatístico da autarquia. Vou só pedir, educada e humildemente, por obséquio, assim com jeitinho e falinha mansa, sem ofender nem magoar, que os senhores Dr's (assim assinam os documentos) que presidem ao executivo camarário, se não se importam, por favor, actualizem as estatísticas que constam no designado Observatório Estatístico do site da Câmara (link "Informação do Concelho") pois, para a maioria dos sectores, a "observação" terminou em 2004 (?!).

Como diz a canção do Paulo de Carvalho, 10 anos é muito tempo, muitos dias, muitas horas a "observar"...

http://www.cm-caldas-rainha.pt/portal/page/portal/PORTAL_MCR/MUNICIPIO/INFORMACAO_CONCELHO/OBSERVATORIO_ESTATISTICO



ACTUALIZAÇÃO EM 25.01.2014
Conheci hoje o manifesto do candidato único à liderança do PSD caldense, cujas eleições se realizam hoje. Ao ler tão ilustre documento, quase me saltaram os olhos na seguinte passagem: "a criação de um Gabinete de Estudos será a alavanca necessária para relocalizar o pensamento estratégico de um partido ganhador". O quê?! Se, com todos os recursos da autarquia, é a tristeza que acima se relata, o que mais poderão fazer estes bem-intencionados jotinhas? Enfim, deixaram de brincar com carrinhos e consolas, para brincarem aos "observatórios e gabinetes".


As Actas sumiram?

Quando se tenta chegar às Actas de 2013 da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha (http://www.cm-caldas-rainha.pt/portal/page/portal/PORTAL_MCR/MUNICIPIO/ASSEMBLEIA/ACTAS_DELIBERACOES/ANO_2013), é isto que se encontra no site da autarquia:



Quando se tenta chegar às Actas de 2013 da Câmara Municipal das Caldas da Rainha (http://www.cm-caldas-rainha.pt/portal/page/portal/PORTAL_MCR/MUNICIPIO/ASSEMBLEIA/ACTAS_DELIBERACOES/ANO_2013), é isto que se encontra no site da autarquia:


Ou seja, encontra-se a mesma informação (?!) e, ainda por cima, atrasada e incompleta. A falta de transparência desta autarquia não se deve só à má vontade, deve-se também à má competência.
Não se importam de corrigir mais esta situação? E não façam tantas asneiras, por favor, para que não tenhamos de andar sempre aqui a "dizer mal". É que cansa...


O respeito pelos Munícipes

O respeito da Autarquia pelos Munícipes vê-se nas grandes e nas pequenas coisas. Por exemplo, na informação que se encontra publicada no site da Câmara. Não estará  incompleta? Não estará desactualizada? A Sociedade de Construções José Coutinho, S.A não faliu já?



domingo, 19 de janeiro de 2014

Para quando um Carnaval que orgulhe os caldenses?

Começou a contagem decrescente para o Carnaval (4 de Março), embora entretanto ainda se comemore o Dia dos Namorados.(14 de Fevereiro), com outras características. O Carnaval é uma festa popular que mobiliza e envolve muitas instituições e muita gente, sobretudo jovem, tendo um impacto significativo na actividade turística interna e externa, pela grande capacidade de atracção que revela. Apesar do seu carácter espontâneo e genuíno, o Carnaval é também uma manifestação das tradições e do potencial artístico e cultural de um povo.

O Carnaval das Caldas da Rainha, apesar do grande interesse popular, não tem sido um Carnaval de referência, diluindo-se no conjunto de eventos similares que ocorrem por todo o país. Nada que se compare ao do Funchal, Loulé, Estarreja, Ovar ou Torres Vedras, por exemplo. Não é, mas podia (e devia) ser, assim houvesse visão e determinação para chamar os melhores e propor-lhes um conceito coerente com a tradição e o posicionamento das Caldas da Rainha. O Carnaval caldense tem sido, na realidade, um evento feito à imagem e ao gosto do seu edil, manifestamente medíocre e grosseiro.

Com o mesmo investimento, é possível fazer muito melhor. Temos as competências necessárias, falta "apenas" a liderança adequada, exactamente a que não tem havido até agora. Será que este ano teremos novidades? Terá o município capacidade para apresentar um Carnaval com qualidade e "glamour", digno das melhores tradições caldenses? Ou continuarão a ser os mesmos apresentadores e animadores de sempre (agora a gritar pela "Nova Dinâmica"), com os mesmos artistas e "celebridades" do costume, a exaltar a xunguice da "Casa dos Segredos", seguidos por um cortejo de viaturas e foliões generosos, é certo, mas nem sempre enquadrados numa boa organização e preparação de conjunto, com boas coreografias e decorações?



Intervenção de Edgar Ximenes do MVC - VIVER O CONCELHO, Movimento Independente, no programa Pontos de Vista da Mais Oeste Rádio - 94.2, em 22 de Janeiro de 2014, sobre o próximo Carnaval das Caldas da Rainha - Edição 2014:
https://www.dropbox.com/s/qagxlry14dw0j00/Edgar%20Ximenes_Pontos%20de%20Vista_22%20Jan%202014%20%281%29.3gp


ACTUALIZAÇÃO EM 20.02.2014
É coincidência, ou a Câmara teve finalmente a humildade e a inteligência de ouvir aqueles que exigem mais competência e qualidade na gestão autárquica? O que é certo é que, depois de anos de trapalhice carnavalesca "à moda do Costa", definiu agora um conceito para o Carnaval caldense - Zé Povinho e Maria Paciência - e alterou a sua localização para uma zona mais apropriada, tendo em conta o atraso verificado na conclusão das obras da "regeneração urbana".
Falta confirmar, naturalmente, a implementação prática destas melhorias, mas já é um pequeno grande passo...



quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Abuso sem limite

A insensibilidade desta gente, a sua descarada displicência, a reincidência ilimitada na asneira, a ausência de humildade e de sentido de serviço, a falta de motivação para aprender com os erros, a forma primária e grosseira como vê a política - como se de um jogo do gato e do rato se tratasse -, a ausência de princípios éticos, a falta de sentido de nobreza da política, o distanciamento da realidade, o egocentrismo e a miopia do ideal democrático, o abuso do poder e do património que não lhe pertence, a partilha de benesses como quem acaba de assaltar um banco, a instrumentalização e o engano dos seus semelhantes, a comunicação subterrânea e opaca, a mentira, a mentira, a mentira...

... Tudo isto revela uma atitude irresponsavelmente primária, desumana e incivilizada desta gente, que está à solta e em roda livre, com pleno sentimento de impunidade, atrevimento e descaramento. Precisamos também de uma "troika" da decência e do respeito, que venha pôr ordem nesta caricatura de democracia, ou serão os cidadãos capazes de ganhar consciência política e agarrar com determinação o seu destino colectivo?



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Politicamente incorrecto? Temos pena.

Não me importo nada de ser “politicamente incorrecto”, se em causa estiver o que eu julgo, genuinamente, ser a verdade e o interesse da comunidade. Não ando aqui para fazer fretes a quem quer que seja e muito menos a quem já deu provas sobejas de não ser suficientemente competente para governar uma cidade com a dignidade e os pergaminhos das Caldas da Rainha.

Vem isto a propósito desta iniciativa (http://www.cm-caldas-rainha.pt/portal/page/portal/PORTAL_MCR/GERAL/NOTICIAS?notid=1766155) que apelidei de folclórica e absolutamente inoportuna, tendo em conta o estado caótico da cidade, devido a obras simultâneas e generalizadas (de utilidade muito duvidosa, sublinhe-se). Trata-se, na minha opinião, de uma provocação gratuita aos caldenses e aos visitantes das Caldas da Rainha, totalmente inaceitável.


Não está em causa, como é óbvio, a sensibilização dos condutores, sempre útil, nem a bondade da iniciativa do Conselho da Cidade e dos voluntários envolvidos, mas é infantil acreditar que uma acção destas resolve o que quer que seja. Só um controlo policial eficiente o consegue, cabendo à autarquia assegurar a boa circulação de viaturas, o estacionamento necessário e os transportes públicos alternativos ao automóvel particular, o que não acontece.

Naturalmente que o adjectivo "infantil" se aplica ao executivo camarário e não ao Conselho da Cidade, pois é da responsabilidade daquele tudo aquilo que vai para além da acção de sensibilização em causa e que é decisivo para se atingir o objectivo desejado. Aliás, a inoportunidade desta acção, deve-se ao facto de a aprovação do Orçamento Participativo (sim, esta acção custou dinheiro aos contribuintes) ter tido um atraso que a projectou para uma data em que a cidade estava já transformada num estaleiro de obras.


Não se defende, evidentemente, uma atitude meramente punitiva, como alguns comentaram, embora tivessem os mesmos defendido a punição social, a qual constitui também uma forma legítima e eficaz de penalização. Defende-se, sim, um conjunto integrado de acções que passam pela sensibilização e consciencialização dos condutores, pela disponibilidade de estacionamentos e de transportes públicos eficientes, pela fluidez do trafego e, obviamente, pelo castigo dos infractores.

O que não faz sentido é colocar cadeiras de rodas onde os condutores cumpridores estacionam de forma regular os seus carros (o justo não tem de pagar pelo pecador), nem afixar autocolantes nas viaturas dos infractores, estragando a pintura (um erro não justifica outro), havendo muitas outras maneiras de deixar a mensagem que se pretende.


Finalmente, mas não menos importante, é a forma como a autarquia procura “aparecer na fotografia”, transmitindo a ideia de um inaceitável aproveitamento político de uma acção generosa e baseada numa ideia sugerida por uma instituição da sociedade civil, preocupada com uma cidadania que, claramente, a autarquia não cultiva e, por vezes, até nem respeita. Temos, portanto, uma boa iniciativa realizada em momento claramente inoportuno, perdendo assim todo o efeito desejado e, pior, virando-se contra quem a promoveu, o que é de lamentar.

De qualquer modo, serão os cidadãos caldenses, eles próprios, a aprovar ou a rejeitar esta iniciativa, bem como o aproveitamento político que a autarquia está a fazer da mesma, mostrando a verdadeira face da sua propalada “Nova Dinâmica”. Para quem tiver dúvidas, espere pelos dias que se seguirão ao fim desta campanha de sensibilização e veja se alguma coisa se alterou.




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A afogarem-se nas águas... dos outros!

Óbidos a somar iniciativas nas águas e Caldas da Rainha a experimentar a azia da "Nova Dinâmica"...
Quando se trata dos outros, estes é sempre a meter água, caramba! Ao menos tivessem inveja, para se roerem até ao tutano e desaparecerem, mas nem isso têm, coitados.


As Termas dos outros lá vão procurando a melhor água, crê-se que a todo o vapor, enquanto o Hospital Termal destes continua fechado e à espera não se sabe bem de quê...
De estudos e projectos, dizem uns, de manutenção e conservação, dizem outros, ou talvez de juízo e vergonha, dizemos nós.

Só faltou ser lida uma mensagem de apoio da autarquia vizinha...

O que se sabe que não espera, é a disponibilidade para assistir às sessões de apresentação dos outros, onde fica patente, por omissão, a humilhante e crónica falta de competência destes...
Lembram-se da triste figurinha destes na passeata pela Lagoa de Óbidos, com um séquito de jornalistas a fazer o frete, todos irresponsavelmente sem coletes salva-vidas, enfiados dentro do "Barco do Amor" dos outros?

Um "flirt" político que não cessa de meter água...

Ao menos, tivessem feito um esforçozinho para estarem presentes naquela fotografia dos outros que assinalou a reabertura da "Aberta", em vez destes se prestarem ao ridículo papel de "Mary Poppins no buggy da Marinha" (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=538757839554194&set=pcb.538759326220712&type=1&theater).
Mas cada um afoga-se na água que mete (dos outros), não é verdade? Que tristeza de "novelha mainoria"!

Onde estava a "novelha mainoria" quando os outros trabalhavam?


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O mistério das coisas, onde está ele?


"Porque o único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum."

                                                              Alberto Caeiro




quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O potencial humano das Caldas da Rainha

As Caldas da Rainha são uma terra de recursos fabulosos, com um capital humano extraordinário e um potencial de realização que a poderia (e deveria) colocar na liderança das cidades e concelhos do nosso país, em praticamente todos os domínios incluindo, naturalmente, o da cultura e das artes. Mas não é esta, infelizmente, a realidade da nossa terra, muito por responsabilidade de uma autarquia ineficiente e cansada, onde sobra em vícios e improvisação o que falta em visão e ambição, e que esbanja recursos em vez de os aproveitar convenientemente.

Aquela que Ramalho Ortigão (As Farpas, 1886) caracterizou como "o centro da vilegiatura" em Portugal, assemelhando-a "às terras francesas e alemãs", tem vindo a perder o seu prestígio e centralidade, por não ter à sua frente os melhores, os mais capazes e mobilizadores dos recursos caldenses, vivendo-se uma democracia pobre e fechada, onde encontra espaço o caciquismo político, o compadrio e a chico-espertice, Já Camões lembrava que "um fraco rei faz fraca a forte gente"...

Quando abandonará o Zé Povinho a sua proverbial postura queixosa e conformista, para assumir
uma atitude confiante, solidária e interventiva, tomando nas suas mãos os destinos da sua terra?


UM EXEMPLO DO POTENCIAL CALDENSE
Conheci hoje o trabalho de um profissional de mão cheia, responsável pelas fotografias dos catálogos de importantes exposições realizadas nas Caldas da Rainha, incluindo no CCC - Centro Cultural e de Congressos. Luís Pedro Hunchelday é funcionário da autarquia e foi o autor dos conteúdos fotográficos de catálogos de obras de José Santa-Bárbara, Concas, António Vidigal e José Pires (ver imagens abaixo), catálogos esses com a assinatura de personalidades como Fernando Costa, José Rafael Antunes, António Mendes, Cristina Azevedo Tavares, Carlos Mota ou João Serra.

É bom saber que a autarquia caldense está bem servida em matéria de Fotografia e possui nos seus quadros profissionais com o gabarito de Luís Pedro Hunchelday, esperando-se (e exigindo-se) que o executivo camarário respeite e motive esses profissionais, aproveitando adequadamente as suas capacidades, em benefício dos habitantes e visitantes das Caldas da Rainha.


 


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Comunicação autárquica e democracia local

Não existe democracia local saudável, sem transparência nos sistemas e processos de comunicação autárquica. Sendo responsabilidade dos órgãos autárquicos reforçar e desenvolver a democracia local, é também sua responsabilidade melhorar e consolidar os sistemas de comunicação externa e interna, tanto na sua componente formal como informal. Estará esta responsabilidade a ser assumida pela Câmara e pela Assembleia Municipal? Estará a autarquia imune e a salvo do compadrio, do sectarismo, da improvisação e da manipulação dos cidadãos?

Para concretizar a sua responsabilidade no domínio da comunicação, incluindo as vertentes de relações públicas, imagem e gestão de eventos, a autarquia deverá contar com recursos próprios, bem como, quando tal se justifique, com meios contratados externamente para assegurar funções especializadas e temporárias. O recrutamento, selecção e contratação de recursos humanos, bem como a consulta pública, adjudicação e contratação de serviços externos, devem cumprir as normas legais vigentes, obedecer a rigorosos critérios de ética e competência, e assegurar processos transparentes e eficazes, acima de qualquer suspeita, recordando-se que não basta vivermos em democracia para que haja a garantia absoluta de que os métodos usados são efectivamente democráticos.

Já se viveu demasiado tempo em regime de "quase partido único", sob maioria absoluta do partido no poder e ausência de oposição real, assistindo-se a práticas estranhas que indiciam fraca cultura democrática na gestão da comunicação, imagem, relações públicas e eventos do município, comprometendo a qualidade da democracia local e atentando contra os direitos de cidadania, equidade e justiça social. É tempo de abandonar essas práticas e adoptar critérios de imparcialidade, profissionalismo e exigência na gestão da comunicação, imagem, relações publicas e eventos da autarquia.




ACTUALIZAÇÃO EM 08.01.2014
Publicou hoje o Jornal das Caldas a informação abaixo. Como decide a autarquia estas contratações? Porquê estes valores? Porque são contratadas sempre as mesmas pessoas, algumas delas com ligações ou afinidades partidárias óbvias? Que oportunidade têm outras empresas, profissionais e artistas?
Não se questionam as pessoas, questionam-se os critérios, os quais se querem de equidade, imparcialidade e igualdade de oportunidades. Estes princípios foram assegurados pelo executivo camarário, nesta e noutras contratações?



domingo, 5 de janeiro de 2014

Ah, pois é...


A pedalar para trás?

A 22 de Setembro de 2009, nasceu nas Caldas o "Rainha Bike Sharing", um projecto de partilha de bicicletas promovido pela Associação Marcar o Ritmo. Mais uma vez, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha associou.se ao projecto, procurando aproveitá-lo politicamente, pois estava-se (adivinhem!) a poucos dias de eleições autárquicas.

Em Março de 2013, a Marcar o Ritmo anunciou que estava a procurar "proceder à renovação das bicicletas utilizadas no projecto e integrar um mecanismo de automatização no sentido de tornar mais simples a utilização deste meio de transporte" (http://rainhas-bike-sharing.blogspot.pt/). Três meses depois, anunciou que iria "passar o testemunho" a outra entidade (http://associacaomarcaroritmo.wordpress.com/), sem explicar o motivo da desistência.

Será este mais um projecto falhado, entre tantos em que esta autarquia é especialista? Pode ser que fénix renasça das cinzas, não se sabe se para viver ou morrer de novo, agora que o novo Código da Estrada promove a circulação da bicicleta, alinhando com uma tendência mundial para incentivar o uso das duas rodas (ver http://greensavers.sapo.pt/2013/10/22/sistema-de-partilha-de-bicicletas-ja-chega-a-500-cidades-mundiais-lisboa-continua-fora-da-lista/ e http://ec.europa.eu/environment/archives/cycling/cycling_pt.pdf).

O que sabemos é que, como já aqui o dissemos várias vezes, este executivo camarário que se diz da "nova dinâmica" mas, na realidade, é mais do "dá-se um jeitinho e já está", tem um conflito crónico com a competência, pois quase tudo o que faz (quando faz) é de fraca qualidade, fraco gosto, fraca adequação e fraca pontualidade.



Queres Tuk-Tuk? Toma!

Uma semana antes das eleições autárquicas de 29 de Setembro, os caldenses assistiram com surpresa à circulação de um Tuk-Tuk (veículo inspirado nos riquexós asiáticos), da empresa Marque Tuk Tour, prometendo-se na altura viagens turísticas em toda a região, mas principalmente entre Caldas da Rainha, Foz do Arelho, Óbidos, São Martinho do Porto e Alcobaça.

A iniciativa foi apadrinhada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha com grande pompa e circunstância, no âmbito da semana europeia da mobilidade, procurando-se fazer passar a mensagem de que a autarquia apoiava e valorizava o Turismo. As fotografias espalhadas pelas redes sociais, em plena campanha eleitoral, não deixaram dúvidas sobre o aproveitamento político-partidário desta iniciativa.

Três meses depois, é tempo de perguntar o que é feito do Tuk-Tuk, da promessa dos respectivos roteiros turísticos e da promoção do Turismo na cidade e no concelho.




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Como se estrutura a assessoria de comunicação, imagem, relações públicas e eventos da autarquia?

Cinco perguntas sobre a prestação de serviços de comunicação, imagem, relações públicas e eventos à Câmara Municipal das Caldas da Rainha:
1. Qual a estrutura e o modo de funcionamento da assessoria de comunicação, imagem, relações públicas e eventos do município?
2. Como são contratualizados e adjudicados os serviços externos prestados à autarquia neste domínio?
3. Porque não são contratados outros profissionais de comunicação, imagem, relacoes públicas e eventos do concelho, assim como outros artistas, havendo tantos e tão bons?
4. Porque é que os serviços contratados, supondo-se profissionais, são prestados num registo político-partidário, chegando a confundir-se o fornecedor com o cliente?
5. Além da assessoria de comunicação e eventos, que outros serviços são eventualmente prestados (directa ou indirectamente) pelos mesmos profissionais à autarquia e entidades conexas? Pode ser garantido que não existem conflitos de interesses?
Estou em crer que seria útil conhecer-se melhor este importante domínio da nossa realidade autárquica.



Ano Novo, Nova Quê? Talvez Nova Decência, Nova Exigência e Nova Responsabilidade, pode ser?

Segundo o relato de quem esteve presente, o evento organizado pela autarquia caldense para assinalar a Passagem do Ano foi, no mínimo, lamentável. Atrasos, improvisações, gafes e propaganda partidária berrada pelos habituais apresentadores de serviço, pior não podia ter sido (ver http://salubridades2013.blogspot.pt/2014/01/2014-pouco-dinamico.html?spref=fb), mostrando a quem não quer ser cego a verdadeira face da "Nova Dinâmica" de Tinta Ferreira/PSD. O que há é um "Novo Estilo", tipo "português suave", aparentemente menos trauliteiro e caceteiro (esse serviço é encomendado a JMC e outros jagunços), mas tão ou mais caciqueiro do que o do seu antecessor e mentor (o tal do "copo de vinho").

Há muita coisa que está mal nas Caldas da Rainha e os caldenses têm de abrir os olhos e exigir mais transparência, mais competência e um patamar mais elevado de ambição e exigência para a sua terra. Não podemos continuar a suportar tanta falta de profissionalismo e tanto amiguismo e cumplicidade. Estamos fartos de ver sempre aquelas mesmas caras, de ouvir sempre aquelas mesmas palavras e de gramar sempre aquelas mesmas bajulices. A autarquia é um órgão do Estado Português, pertence aos cidadãos e não a quem está no poder. O orçamento municipal é financiado pelos impostos pagos pelos contribuintes e não pelos prestadores de serviço e fornecedores da Câmara. Haja respeito!

Os caldenses não querem uma "Nova Dinâmica à moda de Tinta Ferreira/PSD", querem sim uma "Nova Decência", "Uma Nova Exigência" e uma "Nova Responsabilidade". Exactamente aquilo que tem faltado há muitos anos nesta terra, atrasando o seu progresso e desenvolvimento. Se as Caldas da Rainha estão hoje, em algum aspecto, melhor do que outras terras e autarquias, tal não se deve à péssima liderança e gestão que tem tido, mas sim à riqueza e ao potencial que esta terra tem há mais de um século, os quais têm vindo a ser dolosamente desbaratados e irremediavelmente desaproveitados.

Viva a "Nova Dinâmica" de Tinta Ferreira/PSD, gritou o animador da malta!