segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Hospital Termal: Não venham com desculpas, ultimatos ou factos consumados

"O MVC - VIVER O CONCELHO, Movimento Independente, vem alertar os cidadãos caldenses para a demora e silêncio injustificados na resolução do problema do Hospital Termal, reafirmando que defende uma solução consensual, cuidadosa e atempadamente estudada e discutida, sem pressões nem imposição de factos consumados, a qual respeite integralmente a propriedade e o serviço de saúde públicos, assim como o direito legítimo do povo caldense a decidir sobre o futuro do seu Hospital Termal, cuja administração deve ser autónoma, bem como de todo património associado que deve permanecer uno e inalienável."

Assim termina o comunicado do movimento independente MVC - VIVER O CONCELHO sobre o futuro do Hospital Termal Rainha D. Leonor (ver o vídeo abaixo), responsabilizando a autarquia caldense pela forma como tem vindo a gerir o processo daquele que constitui o símbolo maior e a principal marca identitária das Caldas da Rainha, mas que é também património histórico e orgulho de todos os portugueses, os quais se devem unir para defender, com toda a determinação, este equipamento extraordinário e único, pioneiro na Europa e no Mundo.

Maria Teresa Serrenho apresenta o comunicado sobre o futuro
do Hospital Termal Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha


Comunicado do MVC - VIVER O CONCELHO, Movimento Independente, sobre o futuro do Hospital Termal Rainha D. Leonor

O Hospital Termal Rainha D. Leonor, incluindo todo o seu património natural e edificado, está na génese do nascimento e do progresso da ci
dade das Caldas da Rainha, constituindo a sua principal marca identitária. Cabe às actuais gerações de caldenses preservar e valorizar o legado da Rainha, a qual teve a visão e a determinação de criar este equipamento pioneiro na Europa e no Mundo e pô-lo ao serviço do povo português, de todas as condições sociais, fazendo das Caldas da Rainha o centro da vilegiatura em Portugal.
Há vários anos que o Hospital Termal tem vindo a ser negligenciado, sem que se percebam bem os motivos que estão na origem da sua desqualificação, permitindo todas as especulações, desde pura ignorância e falta de respeito para com o povo caldense, até eventuais manobras de interesses imobiliários e grupos económicos ligados à Saúde. Esta atitude começou por levar ao fim das comparticipações do SNS e à suspensão dos tratamentos, sob alegações várias que ficam sempre por provar, temendo-se agora pela própria sobrevivência do Hospital Termal Rainha D. Leonor.
Face ao descalabro, a autarquia caldense nunca conseguiu encontrar soluções efectivas, nem lidar de forma transparente com o problema, deixando-o ao livre arbítrio e abandono de uma tutela mais preocupada com a austeridade financeira do país do que com a Saúde dos portugueses. Em meados do ano passado, à beira de eleições autárquicas, o então Presidente da Câmara em exercício, Dr. Tinta Ferreira, procurou precipitar uma solução ambígua, imprudente e potencialmente danosa, baseada em argumentos artificiais, a qual foi travada in extremis pelo MVC - VIVER O CONCELHO, Movimento Independente, e pelas forças políticas da oposição na Assembleia Municipal.
Nos seis meses que entretanto decorreram, a alegada urgência desapareceu misteriosamente e um manto de silêncio caiu sobre o Hospital Termal. Nos últimos dias, contudo, surgiram notícias de eventuais contactos com entidades privadas e do sector social, sem que o executivo camarário divulgue qualquer informação sobre os mesmos, mantendo os cidadãos caldenses e os seus representantes na Assembleia Municipal alheados e apartados da busca de soluções sensatas e consensuais para o futuro do legado da Rainha D. Leonor.
Neste contexto, o MVC - VIVER O CONCELHO, Movimento Independente, vem alertar os cidadãos caldenses para a demora e silêncio injustificados na resolução do problema do Hospital Termal, reafirmando que defende uma solução consensual, cuidadosa e atempadamente estudada e discutida, sem pressões nem imposição de factos consumados, a qual respeite integralmente a propriedade e o serviço de saúde públicos, assim como o direito legítimo do povo caldense a decidir sobre o futuro do seu Hospital Termal, cuja administração deve ser autónoma, bem como de todo património associado que deve permanecer uno e inalienável.

Caldas da Rainha, 23 de Fevereiro de 2014.

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