quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O potencial humano das Caldas da Rainha

As Caldas da Rainha são uma terra de recursos fabulosos, com um capital humano extraordinário e um potencial de realização que a poderia (e deveria) colocar na liderança das cidades e concelhos do nosso país, em praticamente todos os domínios incluindo, naturalmente, o da cultura e das artes. Mas não é esta, infelizmente, a realidade da nossa terra, muito por responsabilidade de uma autarquia ineficiente e cansada, onde sobra em vícios e improvisação o que falta em visão e ambição, e que esbanja recursos em vez de os aproveitar convenientemente.

Aquela que Ramalho Ortigão (As Farpas, 1886) caracterizou como "o centro da vilegiatura" em Portugal, assemelhando-a "às terras francesas e alemãs", tem vindo a perder o seu prestígio e centralidade, por não ter à sua frente os melhores, os mais capazes e mobilizadores dos recursos caldenses, vivendo-se uma democracia pobre e fechada, onde encontra espaço o caciquismo político, o compadrio e a chico-espertice, Já Camões lembrava que "um fraco rei faz fraca a forte gente"...

Quando abandonará o Zé Povinho a sua proverbial postura queixosa e conformista, para assumir
uma atitude confiante, solidária e interventiva, tomando nas suas mãos os destinos da sua terra?


UM EXEMPLO DO POTENCIAL CALDENSE
Conheci hoje o trabalho de um profissional de mão cheia, responsável pelas fotografias dos catálogos de importantes exposições realizadas nas Caldas da Rainha, incluindo no CCC - Centro Cultural e de Congressos. Luís Pedro Hunchelday é funcionário da autarquia e foi o autor dos conteúdos fotográficos de catálogos de obras de José Santa-Bárbara, Concas, António Vidigal e José Pires (ver imagens abaixo), catálogos esses com a assinatura de personalidades como Fernando Costa, José Rafael Antunes, António Mendes, Cristina Azevedo Tavares, Carlos Mota ou João Serra.

É bom saber que a autarquia caldense está bem servida em matéria de Fotografia e possui nos seus quadros profissionais com o gabarito de Luís Pedro Hunchelday, esperando-se (e exigindo-se) que o executivo camarário respeite e motive esses profissionais, aproveitando adequadamente as suas capacidades, em benefício dos habitantes e visitantes das Caldas da Rainha.


 


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