quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Política faz de conta

Na política, como noutros domínios da vida em sociedade, há um género, um estilo, uma maneira de estar, que é muito comum: o fazer de conta. Raul Solnado, o saudoso comediante, glosou-o há uns anos, num popular programa de televisão. Consiste, este faz de conta, em fingir que se faz, que se aceita as ideias dos outros, que se tem uma qualquer dinâmica, mas, bem vistas as coisas... nada acontece, ou acontece de forma incipiente ou atabalhoada, não produzindo quaisquer resultados verdadeiramente úteis.

Uma manifestação particular deste faz de conta, é agendar um tema de especial importância para uma próxima reunião e distribuir os documentos de suporte, ou para decisão, à ultima hora, para se poder fingir que se quer analisar e discutir o assunto mas, na verdade, sem o permitir com a profundidade necessária. O caso piora quando também os destinatários ou receptores desses documentos estão mais interessados em fazer de conta (que os lêem e estudam) do que em se prepararem adequadamente para o debate e a decisão, aceitando ser coniventes com a aprovação de medidas erradas, ineficazes e prejudiciais.



Sem comentários:

Enviar um comentário