segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Política Autárquica para o Comércio

Prevêem as Grandes Opções do Plano de 2013 do município das Caldas da Rainha, para a área do Comércio, as seguintes acções:
- Regeneração do centro urbano da cidade;
- Desenvolvimento do Programa Rampa (acessibilidade);
- Aquisição de novos abrigos do TOMA.

Não, não é engano, não são medidas autárquicas para o Urbanismo e os Transportes, são mesmo medidas para o Comércio. Se o Comércio beneficia com as medidas para o Urbanismo e os Transportes? Claro que sim, mas há um conjunto de medidas que a autarquia pode e deve implementar e que são específicas para este sector, visando requalificá-lo e revitalizá-lo.
Em 2008, estudei esta matéria e propus à Câmara um conjunto de 15 medidas (reproduzidas em baixo), a par de outras tantas da responsabilidade dos próprios comerciantes e da sua associação (ACCCRO). Eram sugestões em bruto, ambiciosas mas realizáveis, para serem discutidas e melhoradas (nunca o foram). O que se concretizou desde então?

Medidas de Revitalização do Comércio Tradicional das Caldas da Rainha, da Responsabilidade da Autarquia:

1- Melhorar a comunicação e o diálogo com os comerciantes, auscultando-os e envolvendo-os mais nas tomadas de decisão;
2- Recuperação de infraestruturas urbanas degradadas: arranjo e limpeza de ruas, passeios, passadeiras, edifícios, quiosques, palcos, jardins, árvores, paragens, bancos, postes, floreiras, papeleiras, sinalética e outros equipamentos;
3- Para a melhor concretização do ponto anterior, criar uma estrutura camarária mais operacional e eficiente, a qual garanta uma intervenção mais rápida e conclusiva nas situações anómalas identificadas;
4- Reforço da oferta de estacionamentos e transportes públicos, incentivo ao uso da bicicleta, etc;
5- Investimento em novas infraestruturas de Glamour (a listar), com ambição e bom-gosto
           - Painéis informativos (proibir afixação anárquica de publicidade),
           - Parques de exposições (proibir exposição ilegal de viaturas usadas),
           - Quiosques informativos aos turistas e consumidores,
           - Floreiras com plantas bonitas, etc;
      6- Adaptação das infraestruturas urbanas às capacidades das pessoas com invalidez, assim como à utilização de bicicletas e à posse de animais de estimação;
   7- Negociação, com as grandes superfícies, de vantagens para o comércio tradicional, como descontos em cinemas e estacionamentos, iniciativas conjuntas, parcerias (cross-marketing), etc;
    8- Promoção do comércio tradicional na comunicação social, nacional e regional, bem como nas diversas iniciativas públicas e meios de comunicação da Câmara;
      9- Patrocínio de eventos e iniciativas de animação de rua, bem como de marketing directo – brindes, folhetos, brochuras, etc. – junto dos consumidores
-        - Organização de 3 eventos anuais de grande envergadura, dedicados ao “Falo das Caldas”, “Zé Povinho” e “Saúde Termal”, mas numa óptica de Glamour,
         - Adjudicação da organização destes e doutros eventos a entidades especializadas, profissionais e competentes, mediante consulta pública com caderno de encargos;
    10- Organização de excursões subsidiadas às Caldas da Rainha, com incentivo ao consumo no comércio tradicional
          - Prioridade aos mercados de Lisboa-Cascais e de Óbidos (turistas estrangeiros),
          Criação de roteiros gastronómicos e culturais,
          - Oferta de vales de compras no comércio tradicional da cidade;
       11- Convite a grandes marcas para realizarem os seus eventos nas Caldas da Rainha, em parceria com o comércio tradicional;
    12- Discriminação positiva do comércio tradicional aquando do envolvimento do comércio nas iniciativas da cidade, bem como nas aquisições municipais de bens e serviços, e na cobrança de taxas, tarifas e licenças ao comércio;
    13- Mobilização de meios financeiros (e outros) para apoio ao comércio tradicional da cidade, incluindo fundos europeus e um fundo especial financiado com receitas provenientes das grandes superfícies
      - Oferta de vales de compras e cheques-brinde aos cidadãos, para consumo no comércio tradicional;
     14- Facilidade de acesso e contacto, assim como simplificação, racionalização e celeridade no despacho dos requerimentos dos comerciantes;
        15- Melhor coordenação com a ACCCRO e os núcleos de zona comercial (a criar).

Onde estão os grandes eventos, à semelhança do que faz Óbidos (Chocolate, Medieval e Vila Natal), para atrair consumidores? Onde está a animação de rua? Onde está a criação de zonas comerciais na cidade? Onde está a divulgação e promoção externa do Comércio das Caldas da Rainha? E, já agora, onde estão os Censos Comerciais financiados pela autarquia e supostamente realizados pela ACCCRO?



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