quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Assembleia Municipal: A casa da democracia local

Realizou-se ontem, dia 26 de Novembro de 2013, mais uma sessão da Assembleia Municipal, aberta aos cidadãos interessados em assistir aos trabalhos dos deputados municipais. Mais uma vez, o público pôde avaliar a qualidade das intervenções, a atitude das várias forças políticas e a forma como os membros deste eminente órgão autárquico, incluindo o presidente da câmara municipal e os presidentes das juntas de freguesia, se comportam do ponto de vista ético e emocional e se mostram competentes na abordagem das matérias em discussão e decisão.

É obrigatório que cada cidadão assista, pelo menos por uma vez, a uma sessão da Assembleia Municipal, para que veja e ouça, com os seus próprios olhos e ouvidos, o que lá se passa e como se passa. Deve-se alertar, contudo, os mais sensíveis, para que estejam preparados para todas as percepções, incluindo as que não lhes passam pela cabeça, sob pena de radicalizarem dramaticamente a opinião que já têm sobre a política, os partidos e os políticos. É que anos e anos de poder absoluto mono-partidário produz efeitos que tendem a cristalizar-se e a resistir obstinadamente a uma imperiosa regeneração.

A sessão de ontem não foi excepção, diferenciando-se o exemplo de liberdade, democracia, competência e coragem, dos deputados independentes do MVC - VIVER O CONCELHO, os quais estão já a fazer História e a produzir influência junto dos seus pares. A qualidade dos debates aumentou claramente com as intervenções e posições assumidas pelos deputados do MVC, mostrando que é possível colocar os interesses das Caldas e dos Caldenses acima dos interesses de facção, com proficiência e honestidade intelectual. Apoiou-se o que era de apoiar, rejeitou-se o que era de rejeitar, e propuseram-se soluções alternativas, inovadoras e benéficas para o município.

Perante este facto deveras positivo e, para alguns, surpreendente, pouco apetece comentar as inenarráveis intervenções do "novo" edil caldense, mentor de uma falsa "dinâmica" que apenas serviu eleitoralmente para estimular os comensais do poder e iludir os incautos da política. Na verdade, os lamentáveis argumentos usados para defender a medíocre e ineficiente estrutura camarária, as esfarrapadas desculpas apresentadas para justificar o atraso na realização de obras há muito programadas, ou as considerações abusivas e desrespeitosas feitas a propósito da intervenção, legítima e competente, de um deputado independente do MVC (que, por acaso, é funcionário da autarquia), são exemplos paradigmáticos do que não devia acontecer na casa da democracia caldense e que merecia ser liminarmente rejeitado por todos os seus membros e guardiões.



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