quinta-feira, 31 de outubro de 2013

De tanto estarem... perdem a transparência

"O número de anos que os executivos camarários levam no poder, parece ter influência [negativa] no grau de transparência", conclui um estudo da Transparência e Integridade, Associação Cívica, o qual pode ser lido em http://poderlocal.transparencia.pt/.
Segundo o jornal I, esta associação analisou informação dos sites de 308 câmaras e a média ficou abaixo do limiar da transparência "aceitável", chumbando a maioria das câmaras no teste à informação dada ao cidadão pela Internet. Mesmo o melhor resultado a nível nacional ficou aquém do esperado.
"Os dados mostram que há um grande défice de transparência na forma como o poder local presta contas aos cidadãos e os resultados são francamente maus". As áreas em que as câmaras menos partilham informação com o cidadão dizem respeito à contratação pública, ao urbanismo e aos relatórios de direito de oposição.
As câmaras em que os mesmos partidos se mantêm no poder há mais anos são as que menos informação partilham com os eleitores nos sites das autarquias. E por cada mandato conseguido o índice de transparência cai cerca de um ponto: "Quanto maior for o tempo de permanência no poder, menos informação é dada aos cidadãos, o que permite concluir que o investimento a este nível têm a ver com estilos de liderança", explicou Luís de Sousa da TI.
Segundo o mesmo responsável, "o argumento de que só se justifica o investimento em conteúdos na Internet para o cidadão se houver um nível aceitável de literacia digital no concelho não faz sentido. Os hábitos das pessoas também se cultivam e compete às entidades públicas fomentar a literacia. Além disso, a informação da câmara não se destina só aos locais. Pode interessar a instituições de todo o país, do estrangeiro e a emigrantes. E nos últimos anos as câmaras tiveram acesso a programas de financiamento para o desenvolvimento dos seus portais".



Fonte: Jornal I


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