terça-feira, 9 de junho de 2015

176. Movimentos de cidadãos independentes

Os movimentos de cidadãos independentes não são, nem querem ser, partidos. Não porque estejam contra os partidos (estão, sim, contra a partidocracia e a promiscuidade política que facilita a corrupção), mas porque ocupam um espaço próprio (e complementar) que a cidadania e a lei constitucional lhes atribuem.
Pela sua natureza, métodos e objectivos, os movimentos de cidadãos independentes são diferentes dos partidos. Nao se constituem sobre uma base ideológica clássica e rígida (do tradicional espectro esquerda-direita), não estão comprometidos com interesses corporativos ou poderes fáticos, não se regem por uma disciplina partidário-clubística e seguidista, e não visam impor à sociedade um modelo político fechado e condicionado pela sua ideologia.
Não sendo perfeitos nem imaculados, os Independentes defendem uma cidadania integradora e participativa de largo espectro ideológico, uma intervenção política ética e transparente que privilegie a responsabilidade e a primazia do bem comum, onde a criatividade e a inovação possam proporcionar novas soluções para os novos desafios que as sociedades enfrentam.
Os movimentos independentes, enquanto grupos de cidadãos eleitores, só existem a nível municipal, não lhes sendo permitido concorrer aos órgãos nacionais - legislativo e presidencial - e europeu. Contudo, os seus membros e dirigentes não deixam de ter nacionalidade e de gozar dos mesmos direitos que qualquer outro cidadão goza, sendo individualmente livres de apoiar publicamente a candidatura que entenderem escolher, não tendo de o esconder ou de fingir uma falsa imparcialidade. Pelo contrário, revelar apoio público a diferentes candidaturas (e de, eventualmente, envolver-se nelas), só demonstra, inequivocamente, o carácter verdadeiramente independente dos verdadeiros independentes (a redundância é intencional).

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