A propósito desta crónica de Vasco Pulido Valente, no "Público" de hoje...
"Nunca gostei do mundo da blogosfera e das “redes sociais”,
que é um repositório de iliteracia e de irresponsabilidade, sem direcção e sem
lei.
Mas não imaginava que politicamente as coisas se pudessem
passar como as conta um cavalheiro que a revista Visão entrevistou
esta semana. Esse cavalheiro, que se descreve a si próprio como “consultor de
comunicação”, gaba com enorme orgulho as patifarias que por aí se fazem para
distorcer os resultados de várias espécies de eleições (por exemplo, as que
Passos Coelho ganhou no PSD) e para “derreter” a imagem pública de pessoas que
um pequeno grupo de facciosos considera inconvenientes (por exemplo, Paulo
Rangel e Manuela Ferreira Leite). Estas “campanhas negras”, como são
conhecidas, gozam segundo ele diz do apreço e da ajuda de algumas
“notabilidades” públicas.
Verdade que certos governos meteram a colher na sopa,
definindo as “linhas gerais” da sua propaganda e fornecendo informações
secretas por “e-mailfechado” (um requinte que francamente não consigo
perceber). Isto, a ser verdade, já é de si gravíssimo. Mas, sobre isto, os
“consultores de comunicação” inventam “perfis falsos” (por outras palavras,
personagens imaginárias) para o facebook, a que dão uma “vida”
(“fotografias de família”, preferências particulares, clube de futebol e por aí
fora) e que depois põem a espalhar calúnias sobre o indivíduo ou o partido que
pretendem abater. Durante a campanha de Passos no PSD, o “consultor de
comunicação” que os jornalistas da Visão confessaram, aliás
sem grande dificuldade, passou uma noite a trabalhar em três computadores (fora
o telemóvel) para virar a audiência contra Rangel e a favor de S. Exa. o actual
primeiro-ministro.
Pior ainda: estes extraordinários peritos em “novas
profissões” intervêm, sob nomes fictícios, nos chamados “fóruns” de opinião da
TSF e da SIC. Ou para vexar um político particular (no caso, parece que
Sócrates) ou para “defender” a gente para quem trabalham. Ao que alega o
“consultor” da Visão as “Juventudes” fornecem muitos “voluntários”
para esta meritória obra. E, mais tarde, acabam por receber a sua recompensa.
Lugares no Estado, evidentemente, lugares nos gabinetes dos ministros, até
contratos de um teor obscuro. Mesmo que o benfeitor que a Visão desencantou
exagere a sua importância e as suas proezas, não fica a menor dúvida que existe
um bas-fonds na “net”, a pedir uma boa limpeza. É para isso
que existe a polícia e a Procuradoria-Geral da República. Ou não é?"
Nem sempre é necessário contratar estes "especialistas", há por aí muito jagunço, lambe-botas, serviçal, caceteiro e badalhoco que, mesmo não sendo "especialistas", se oferecem voluntariamente para fazerem o "servicinho sujo", como podem e lhes mandam, na expectativa de que os seus amos os recompensem com umas migalhitas de poder e dinheiro.
Aqui pelas Caldas, eles são os JMC, os RL, os RC e outros tantos que, com maior ou menor visibilidade, se dedicaram ao insulto e à ofensa pessoal durante a campanha para as eleições Autárquicas 2013, com o intuito de pôr em causa o bom nome e a honradez de quem defende a democracia local e luta pelo desenvolvimento desta terra.
A eles e aos seus mandantes ou beneficiários dedico esta prosa de VPV, com a encomenda de que vão para o regaço vicioso das suas progenitoras.
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